Autores:
Antônio Mateus de Jesus Oliveira,
Pedro da Silva Barreto Santos,
Leonardo Cajado Bastos Sampaio.
Ano de publicação:
2025
DOI: https://doi.org/10.5281/zenodo.16911093
Resumo:
H3N2 é um dos subtipos do vírus Influenza A (IAV) responsável por ocasionar epidemias de gripo ao redor do mundo. A virulência do IAV está atrelada a sua glicoproteína de superfície HA que tem como função ligar o vírus ao receptor da célula hospedeira. Variações antigênicas no gene são conhecidas por acentuar a virulência de cepas H3N2 ao redor do mundo (worldwide). Este trabalho teve como objetivo investigar e caracterizar in sillico o perfil de mutações no gene HA em diferentes cepas worldwide. 22 cepas de diferentes regiões foram incluídas no estudo a partir de uma busca Blast no banco de dados NCBI. As sequências do gene com 1701 pares de bases (pb) e 567 códons foram alinhadas e analisadas através do software AliView na versão 1.28. As análises estatísticas e descritivas foram realizadas através do software GraphPad Prism 9.0 no qual foi utilizado o teste t para a comparação de médias. As cepas Michigan e Pucallpa apresentaram a maior frequência de mutações em suas respectivas sequências (0,59%). São Paulo 2 apresentou uma frequência relativa alta (0,51%) considerando uma sequência com 1361 pb. A média transições foi maior do que a de transversões (p < 0,001). As mutações não-sinônimas (NS) AAC > GAC e AAA > GAA apresentaram uma grande distribuição entre as cepas. Alaska, Mississipi e São Paulo 2 apresentaram maiores quantidades de mutações não-sinônimas. Conclui-se que há uma diferença de perfis genéticos entre as cepas estudadas, nas quais há prevalência maior de transições e e que há a ocorrência de variações antigênicas que altera a sequência de aminoácidos da proteína HA, podendo ocasionar em uma maior afinidade com os recepetor da célula do hospedeiro promovendo um potencial de virulência.
Palavras-Chave: H3N2, mutações, virulência.